Ucrânia diz que tem armas para lançar contra-ataque
HISTÓRIA: "Recebemos armas suficientes para iniciar a contra-ofensiva..."
Em entrevista exclusiva à Reuters em Kiev, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse que seu país agora tem armamento suficiente para lançar uma contra-ofensiva antecipada contra as forças russas que ocupam faixas de território no leste do país.
Mas ele teve o cuidado de dizer que ter o suficiente para iniciar uma operação não era o mesmo que ter suprimentos para concluí-la.
"Quando você vai para a contra-ofensiva, uma coisa é ter armas suficientes para começar, mas outra coisa é garantir a sustentabilidade dos suprimentos para poder continuar o tempo que for necessário."
As nações ocidentais enviaram artilharia, tanques e munições para Kiev antes de uma esperada campanha de primavera. A Ucrânia tem estado em silêncio sobre quando e onde pode atacar.
Moscou divulgou na segunda-feira esta filmagem que alegou mostrar suas forças frustrando uma grande ofensiva no leste da Ucrânia. As imagens granuladas pretendem mostrar veículos blindados ucranianos sob ataque.
O Ministério da Defesa da Rússia disse que a Ucrânia atacou na manhã de domingo com seis batalhões mecanizados e dois de tanques no sul de Donetsk, onde Moscou há muito suspeita que a Ucrânia tentaria abrir uma brecha no território controlado pela Rússia.
Mas as autoridades ucranianas rejeitaram o relatório e disseram que os militares ucranianos avançaram em outro lugar ao longo da linha de frente. Os militares ucranianos compartilharam este vídeo na segunda-feira mostrando seus soldados e tanques disparando contra o que Kiev disse serem posições russas perto da cidade de Bakhmut.
Não ficou claro se os ataques representaram o início da contra-ofensiva há muito anunciada contra a invasão russa.
No fim de semana, o Ministério da Defesa da Ucrânia divulgou este vídeo pedindo silêncio sobre a operação.
"Como o Ministério da Defesa afirmou ontem, não haverá anúncio."
Kuleba se recusou a dizer qualquer coisa mais sobre questões táticas, mas disse que uma vitória ucraniana pode abrir caminho para a adesão à OTAN.
JORNALISTA: "Você acha que esta contra-ofensiva será a vitória necessária para a adesão à OTAN?"
KULEBA: "Sim... Disseram-me que devo ser curto nas respostas."
JORNALISTA: "Qualquer tipo de seguimento sobre isso, por quê?"
KULEBA: "Ah, porque quanto mais bem-sucedidos formos no campo de batalha, mais fácil será tomar certas decisões."
O sucesso ou o fracasso da contra-ofensiva, que deve ser travada com bilhões de dólares em armamento ocidental avançado, provavelmente influenciará a forma do futuro apoio diplomático e militar ocidental à Ucrânia.
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